Fabricando Queijos
As Aventuras de Orchard

Por volta de 1889, já de volta ao Canadá, Albert casou-se com uma jovem cristã chamada Florence Esther Ann Fraser. Um fato curioso: Houve três casamentos unindo as duas famílias; Albert e, posteriormente seus irmão Joseph e Margaret, se casaram com três irmãos da família Fraser: Florence, Jennie e Norris.

Florence havia trabalhado em uma fábrica antes do casamento onde havia aprendido a fazer queijos. Como essa atividade prometia bons lucros, o casal montou uma pequena fábrica de queijos e nessa atividade eles permaneceram durante vários anos, apesar das oscilações do mercado e de alguns revezes que sofreram fazendo com que mudassem de localidade algumas vezes.

Naquela época Albert aprendeu a fazer coisas parecidas com as que muitas pessoas fazem até hoje, tais como mentir no peso ou gerar notas fiscais e faturas com valores incorretos. Ao fazer coisas assim as pessoas não pensam que tudo o que fazem as afeta de alguma forma e que, cedo ou tarde, podem acabar pagando um preço bem maior do que o lucro alcançado de forma ilícita. Esses, segundo ele declarou mais tarde, foram os primeiros passos que deu no caminho da desonestidade.

Albert relatou em sua autobiografia que por volta de 1892 eles se mudaram para uma localidade na qual havia uma igreja onde seu tio atuava como pregador. Lá ele recebeu muita atenção e conselhos de amigos cristãos que tentaram encaminhá-lo para um caminho melhor, mas isso não surtiu muito efeito em sua vida.

A vida de Albert Horsley, ou Harry Orchard, nos ensina algumas lições muito interessantes. Normalmente se imagina que um assassino venha de um lar desestruturado, de uma família sem religião, ou que o mesmo nunca houvesse tido boas oportunidades na vida, o que o teria levado cada vez mais fundo no vício e na marginalidade até tornar-se um assassino. A história de Orchard é uma prova de que nem sempre é isso o que acontece.

Orchard foi filho de pais cristãos e desde pequeno foi ensinado a respeitar a DEUS. Nota-se, contudo, que ele cultivava certo grau de endurecimento de coração, uma vez que se diz que sua vida não era a de um cristão convertido. Ele estudava a Bíblia ocasionalmente, mais por influência da mãe do que por interesse próprio e, posteriormente, enquanto morou na cidade onde seu tio era pregador, ele procurava se esquivar da influência dos amigos cristãos, embora fosse à igreja ocasionalmente. Muitas pessoas hoje acham que a fé em DEUS é algo tão inútil quanto uma superstição, mas a vida de Orchard, bem como a de inúmeras outras pessoas ao redor do mundo, mostra-nos que esquivar-se de DEUS pode não ser uma boa idéia. Certo provérbio árabe diz: “Tema quem não teme a DEUS”.

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Texto extraído do livro
As Aventuras de Orchard
da Editora Luzes da Alvorada.
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