Estresse em Casa
4. A perda da estabilidade familiar. Jim Hohnberger, palestrante de renome internacional, conta que viveu uma vida muito agitada durante anos. Mesmo tendo alcançado sucesso profissional, financeiro e social, viu sua vida pessoal e familiar chegar à beira da ruína. Ainda em tempo ele resolveu abandonar toda aquela agitação e recomeçar de uma forma incomum, mudando-se com a família para um lugar distante de qualquer cidade, no sertão do Estado de Montana, nos Estados Unidos. Seus amigos acharam que ele estava ficando maluco, mas ele não voltou atrás. Os resultados da sua mudança de vida foram tão impressionantes que hoje ele é convidado para realizar palestras em diversos países, onde conta os detalhes de como foi trocar o luxo pela simplicidade, a agitação pela tranquilidade, a sobrecarga por uma rotina saudável e a sede de ganhar mais e mais pelo prazer de ter uma vida simples com a família. Seus filhos, outrora quase desconhecidos para ele, cresceram num lar reestruturado e hoje são profissionais respeitadíssimos; um exemplo dos bons resultados de se trocar o estresse, a agitação e a sobrecarga por algo melhor. A sobrecarga contribui para a destruição de muitos lares. Pessoas sobrecarregadas deixam de ver as coisas corretamente, enxergando erros e defeitos onde não existem ou complicando problemas que poderiam ser facilmente resolvidos. A sobrecarga também reduz o desejo de se ter bons momentos de diálogo e diversão com a família, bem como a capacidade de desfrutar melhor o prazer que esses momentos trariam; o pouco que se tem não é bem aproveitado. Surge na mente uma sensação de vazio que desestabiliza as emoções e vai aumentando até que essas pessoas acabam tentando corrigir o problema da forma errada; alguns começam a achar que as outras famílias são melhores, que a “grama do vizinho é mais verde”, e põem a perder aquilo a que deveriam dar mais valor. Com Orchard não foi diferente. Sua família era seu maior tesouro, mas ele só descobriu isso quando era tarde demais. A esse respeito há ainda outra coisa a ser considerada: Na maioria dos casos o esposo e pai é quem sofre com a maior parte da sobrecarga de origem externa ao lar. Existem casos, porém, nos quais há uma segunda fonte de sobrecarga onde tal não deveria existir: dentro da própria casa. Há um dito popular que diz que “por trás de todo grande homem existe uma grande mulher”. Contudo, existem esposas que levam seus maridos ao fundo do poço por aumentar-lhes ainda mais a sobrecarga, sempre tendo um motivo para reclamar, uma opinião contraria para manifestar ou uma crítica para expressar. Quando uma delas diz “isso não é vida”, corre o risco de materializar a sentença bíblica expressa pelo SENHOR JESUS: “A quem tiver, mais lhe será dado; de quem não tiver, até o que pensa que tem lhe será tirado” (Lucas 8:18 - NVI). Quem não sabe dar valor ao que tem pode acabar com menos do que imaginava, tendo que aprender pela perda o valor do que foi desperdiçado, e dizer como tantas outras pessoas: “Eu era feliz e não sabia”. Não fortalecendo aquele que tem sobre seus ombros o peso principal da direção e sustento da casa e não sabendo dar o apoio adequado no momento certo, algumas esposas criam circunstâncias que um dia trarão consequências para elas mesmas e para as suas famílias. O sábio Salomão afirmou: “A mulher sábia edifica a sua casa, mas com as próprias mãos a insensata derruba a sua” (Provérbios 14:1 - NVI). Num artigo da revista norte-americana The Signs of the Times de 29 de novembro de 1877, publicado quando Orchard tinha apenas onze anos de idade, existe o seguinte comentário: “Muitíssimos esposos e filhos que nada consideram atrativo no lar, que continuamente são postos em face de rabugices e murmuração, procuram conforto e diversão fora do lar, nos bares ou em lugares de prazeres proibidos... Ao mesmo tempo que a dona-de-casa pode executar com exatidão os seus deveres externos, pode estar continuamente queixando-se da escravidão a que está condenada, e exagerar suas responsabilidades e restrições pelo comparar sua sorte com o que ela idealiza como sendo a vida mais elevada da mulher.” Nove anos mais tarde a autora do citado artigo escreveu em outro periódico: “Pessoa alguma pode com mais eficácia estragar a felicidade e a utilidade de uma mulher, e tornar-lhe a vida mais pungente fardo, que seu marido; e ninguém pode fazer a centésima parte para despedaçar as esperanças e aspirações de um homem, para lhe paralisar as energias e arruinar-lhe a influência e as perspectivas, como sua própria esposa” (The Review and Herald, 2 de Fevereiro de 1886). Esse assunto deveria ser motivo de reflexão para todos os casais. É difícil criar uma lista simples de passos a serem seguidos, do tipo: “faça isto e mais aquilo” que sua vida vai mudar. Muitas pessoas sequer aceitam a realidade de que precisam de ajuda antes de chegarem ao “fundo do poço”. Porém aos sobrecarregados que querem ajuda o SENHOR JESUS diz: “Venham a mim, todos os que estão cansados e sobrecarregados, e eu lhes darei descanso. Tomem sobre vocês o meu jugo e aprendam de mim, pois sou manso e humilde de coração, e vocês encontrarão descanso para as suas almas. Pois o meu jugo é suave e o meu fardo é leve” (Mateus 11:28-30 - NVI). Ele disse também: “Quem vier a Mim eu jamais rejeitarei” (João 6:37 - NVI). Faz bem saber que ainda há esperança e oportunidade para um recomeço.
|
