A Opinião de Gandhi
Tive a oportunidade de encontrar seu ex-esposo certa vez, na casa de um dos filhos, os quais, mesmo depois de adultos, ainda lhe pediam a bênção ao encontrá-lo e o tratavam com respeito. Ele havia aprendido muito com a vida. Naquele dia, em algum momento, o nome de Izabel foi mencionado e ouvi com meus próprios ouvidos a sua opinião sobre a ex-esposa: “ela é uma santa!”, afirmou com convicção. Suas palavras estavam repassadas de respeito e sinceridade e foram um atestado incontestável do poder da vida daquela mulher de DEUS. Como diz a sabedoria popular, “a vida dá muitas voltas”. Durante seu último relacionamento conjugal o ex-esposo de Izabel ficou cego, permanecendo assim durante os últimos doze anos da sua vida. Sua última esposa faleceu com apenas trinta e três anos de idade e ele foi morar com os filhos, que cuidaram dele até o seu falecimento. Por muitas vezes, durante a fase final da sua vida, ele comeu comida preparada por Izabel. Não conheço nenhum caso no qual tenha sido cultivado o rancor, a mágoa ou a vingança que tenha trazido bons resultados ou que tenha valido a pena. Por outro lado, vidas como a de Izabel mostram que compensa fazer o bem sem esperar nada em troca. Três coisas foram a “marca registrada” na vida de Izabel: a dedicação, a mansidão e a paciência. Em todas essas coisas ela mostrou qual era o valor e o poder do seu cristianismo que, para ela, nunca foi um fardo, pois ela estava sempre sorrindo. Izabel sequer sabia ler e escrever; mas viveu um cristianismo superior ao de muitos que conseguem ler a Bíblia diariamente, sem contudo renunciarem a si mesmas (Lucas 9:23) e sem aprenderem o significado da verdadeira piedade (2 Timóteo 3:1-5). Faz mais de vinte anos que Izabel faleceu; mas o testemunho da sua existência ainda permanece bem vívido na mente dos familiares e de quantos a conheceram. Sua morte comoveu muitas pessoas da sua cidade, que afluíram em grande número para prestar-lhe a última homenagem, de forma que seu velório parecia ser o de uma pessoa rica e importante da sociedade. De certa forma, ela era mesmo: Rica em seu legado de luta, dedicação e, acima de tudo, de altruísmo e mansidão, que conquistou o coração de muitas pessoas. Ela também foi, reconhecidamente, uma mulher de oração, uma prática que a acompanhou até o final da sua vida. O SENHOR JESUS, em Seu sermão da montanha, antecipou qual será a recompensa das pessoas mansas: “Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra” (Mateus 5:5 - ACF). Izabel era minha tia. Ela não professava a mesma fé que eu, mas não tenho dúvida alguma de que em breve a reencontrarei na manhã da ressurreição, e poderei passar momentos felizes com ela e milhões de outras pessoas que, como ela, amaram a DEUS acima de todas as coisas e viveram uma vida coerente com a fé que professaram. Existem duas afirmações que são atribuídas a Mahatma Ghandi, (que nunca foi cristão no sentido doutrinário da palavra) as quais precisam ser seriamente consideradas por todo professo cristão. Numa delas ele disse que “o fraco nunca pode perdoar. Perdão é um atributo dos fortes.” Na outra afirmação suas palavras foram: “Não conheço ninguém que tenha feito mais para a humanidade do que JESUS. De fato, não há nada de errado no cristianismo. O problema são vocês, cristãos. Vocês nem começaram a viver segundo os seus próprios ensinamentos.” Outra mulher piedosa dos Estados Unidos afirmou: “O mundo ficará convencido, não pelo que o púlpito ensina, mas pelo que a igreja vive. O ministério anuncia do púlpito a teoria do evangelho; a piedade prática da igreja demonstra seu poder” (Testimonies, Vol. 7, Pág. 3). Como tem sido a sua vida? Que mensagem ela tem dado aos que estão ao seu redor? É ela um exemplo de dedicação, paciência e feliz mansidão? Sua vida faz as pessoas pensarem que você se parece com JESUS?
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