Sonho de Menino
Alexandre nasceu em uma pequena localidade em algum lugar do Peru. Filho de pessoas humildes, cresceu num lugar muito diferente das grandes cidades que conhecemos. Ainda juvenil, ele foi juntamente com parte da sua família e amigos para outra localidade a fim de participar de uma grande reunião, um congresso de jovens da sua igreja. Aquele evento deixou-o maravilhado! Ele nunca havia visto tanta gente, muito menos da sua igreja, reunida assim num só lugar; havia lá perto de mil pessoas, algo inimaginável para alguém que cresceu em uma cidade pequena frequentando uma igreja minúscula. No final daquele congresso ele se permitiu ficar alguns minutos mais no local onde as reuniões haviam sido realizadas. Ele estava encantado! Que dia havia sido aquele! Quanta música boa! Que mensagens maravilhosas! Que encontro fantástico! Emocionado, Alexandre se recolheu em uma última oração naquele lugar, expressando um desejo, um sonho que ele próprio achava ser grande demais. Ele orou pedindo que um dia DEUS lhe desse a graça de poder dirigir um programa como aquele, do qual haviam participado aquelas mil pessoas. Os anos se passaram e Alexandre foi para um colégio a fim de continuar os seus estudos. Lá, anos mais tarde, ocorreu uma espécie de gincana, um concurso para oradores, pessoas que seriam capazes de falar em público para muitas pessoas num auditório. Ele passou em frente ao cartaz que falava sobre o concurso, no qual estavam sendo colocados os nomes das pessoas que estavam se inscrevendo para participar e ainda havia lugar, se não me falha a memória, para mais dois nomes. Ele ficou ali, apenas olhando o cartaz, como que viajando em sua imaginação, mas sem se considerar alguém com capacidade para algo assim. Foi quando um dos professores do colégio passou por lá e viu Alexandre olhando para o cartaz, como se algo nele estivesse prendendo a sua atenção. O professor se aproximou de Alexandre e disse apenas uma palavra: “Vai!” Aquela única palavra ecoou dentro dos corredores da mente de Alexandre, como se algo do passado o estivesse chamando para reascender a chama de um velho sonho: Falar em público e dirigir um congresso como aquele do qual ele participara em seus anos juvenis. Numa reação quase que automática, despertada por aquela única palavra dita pelo professor, Alexandre inseriu seu próprio nome naquela lista de candidatos. Temos que admitir que inscrever-se é uma coisa; ter chance de competir com alunos muito mais experientes do que ele, era outra coisa. Mas, o fato é que, contrariando muitas expectativas, Alexandre venceu o concurso! O que dizer de uma coisa dessas? Logo ele, que havia vindo de um lugar tão humilde.
|
