A Tomografia
Não Foi Por Acaso

No dia 31 de agosto de 2011 fui novamente ao hospital a fim de passar pela avaliação programada. Mas os médicos não gostaram do que viram. Eu tivera febre ocasionalmente e isso não era normal. A lentidão na cicatrização também não agradava muito, embora esse fosse um assunto secundário naquele momento. Fui enviado para a tomografia a fim de que pudesse ser estudada a situação do meu abdome internamente.

Os resultados foram desanimadores: havia se formado um abscesso de proporções significativas exatamente no local de onde o meu baço havia sido removido. Eu não iria voltar para casa; seria internado imediatamente a fim de passar pela segunda cirurgia logo na manhã seguinte.

Não gostei nada da notícia, obviamente; mas já havia convivido com meu Pai do Céu tempo suficiente, recebendo sempre os cuidados dEle, para ficar questionando por que isso ou aquilo acontecia. Se Ele havia permitido aquilo, deveria ter bons motivos e, com certeza, continuaria cuidando de mim. É claro que eu apresentava a Ele a minha situação em oração continuamente e pedia o Seu cuidado e a Sua direção, como todos nós devemos fazer sempre. Eu procurava ver com bons olhos o que estava acontecendo, considerando que eu iria ter alguma vantagem pela realização daquela cirurgia. Afinal, não iria mesmo ser necessária outra cirurgia a fim de corrigir a sutura rompida três dias antes? Assim eu poderia me recuperar de forma definitiva sem ter que deixar nada para depois. Foi assim que no dia 1 de setembro de 2011 eu passei pela segunda cirurgia.

As coisas correram bem e fui levado para uma ala recém reformada do hospital. Lá tudo era novo: camas, poltronas de acompanhantes, teto, luminárias, colchões, tudo. Era como se eu estivesse num hospital novinho em folha. Mas bastaram dois dias lá para se descobrir que havia algo errado.

Eu estava deitado na cama tranquilamente quando ouvi um ruído bem baixinho que vinha da luminária. Era uma calha com lâmpadas fluorescentes, dessas bem modernas, de boa aparência, combinando bem com o teto de uma ala nova de hospital recém-reformada. O som parecia um leve chiado e imaginei que algum dos reatores pudesse estar com problemas. Não vi nisso motivo para preocupação, embora a luminária estivesse bem acima do meu abdome, diretamente sobre o local da cirurgia.

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Texto extraído do livro
Não Foi Por Acaso
da Editora Luzes da Alvorada.
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