Será que Tem Solução?
Não Foi Por Acaso

Ao ligar a vitrolinha e colocar o disco para tocar, esperando apenas ouvir bem baixinho o ruído da própria agulha no disco, tive uma grande surpresa: A vitrolinha tocou com toda a força que teria um cristal novo, sem que ninguém tivesse feito nada ou mexido nela. Imediatamente peguei o gravador e conectei-o à vitrolinha sem perder tempo algum, pois não sabia se aquilo que estava acontecendo deveria durar pouco ou muito tempo. Gravei o disco sem problemas, depois de me ajoelhar e agradecer de todo o coração por aquele presente que DEUS tinha acabado de me dar; embora o mesmo não fosse de natureza tal que chegasse a ser significativo para muitas pessoas. A vitrolinha funcionou naquela noite e durante alguns dias seguintes, sendo que o seu volume do som foi caindo gradativamente até que ela ficou muda novamente, como que para comprovar que não havia sido por acaso.

Não sei dizer qual foi o primeiro milagre que presenciei na vida; só sei dizer que eles não foram poucos, e que um grande número deles não foi de grande porte, nem de um tipo que tenha envolvido fatos sobrenaturais muito evidentes. Esse caso da vitrolinha, por exemplo, foi um dos que muitas pessoas categorizariam até como “desnecessários”.

Mas uma coisa que tenho aprendido em meu relacionamento com DEUS é o fato de que, para Ele, não faz diferença se o que eu peço é grande ou pequeno, se é importante ou desnecessário, se vai mudar o mundo ou apenas me proporcionar alguns minutos de alegria, ou ainda se é algo imprescindível ou totalmente insignificante.

Em um livro muito especial chamado Patriarcas e Profetas, de uma excelente editora cristã chamada “Casa Publicadora Brasileira”, encontrei um comentário marcante sobre a experiência de Enoque, o homem que andou com DEUS em um relacionamento tão íntimo, que Este o levou para o Céu sem ver a morte.

“De Enoque está escrito que ele viveu sessenta e cinco anos, e gerou um filho. Depois disso andou com DEUS trezentos anos. Durante aqueles primeiros anos, Enoque amara e temera a DEUS, e guardara os Seus mandamentos. Fora um dos da linhagem santa, dos preservadores da verdadeira fé, pais da semente prometida. Dos lábios de Adão aprendera ele a triste narrativa da queda, e a história animadora da graça de DEUS, conforme se vê na promessa; e confiou no Redentor vindouro. Mas depois do nascimento de seu primeiro filho, Enoque alcançou uma experiência mais elevada; foi atraído a uma comunhão mais íntima com DEUS. Compreendeu mais amplamente suas obrigações e responsabilidade como filho de DEUS. E, quando viu o amor do filho para com o pai, sua confiança singela em sua proteção; quando sentiu a ternura profunda e compassiva de seu próprio coração por aquele filho primogênito, aprendeu uma lição preciosa do maravilhoso amor de DEUS para com os homens no dom de Seu Filho, e a confiança que os filhos de DEUS podem depositar em seu Pai celestial. O infinito, insondável amor de DEUS, mediante CRISTO, tornou-se o assunto de suas meditações dia e noite; e com todo o fervor de sua alma procurou revelar aquele amor ao povo entre o qual vivia. [...]

“Seu coração estava em harmonia com a vontade de DEUS; pois ‘andarão dois juntos, se não estiverem de acordo?’ Amós 3:3. E este andar santo continuou durante trezentos anos. Poucos cristãos há que não seriam muito mais fervorosos e dedicados se soubessem que tinham apenas pouco tempo para viver, ou que a vinda de CRISTO estava prestes a ocorrer. A fé de Enoque, porém, tornou-se mais forte, o seu amor mais ardente, com o perpassar dos séculos. [...]

“‘Bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a DEUS’. Mateus 5:8. Durante trezentos anos, Enoque estivera procurando pureza de alma, para que pudesse estar em harmonia com o Céu. Durante três séculos, andara com DEUS. Dia após dia, almejara uma união mais íntima; cada vez mais estreita se tornara a comunhão até que DEUS o tomou para Si. Estivera no limiar do mundo eterno, havendo apenas um passo entre ele e o país da bem-aventurança; e, agora, abriram-se os portais; o andar com DEUS durante tanto tempo praticado em terra continuou, e ele passou pelas portas da santa cidade - o primeiro dentre os homens a entrar ali. [...]

“Pela fé Enoque ‘foi trasladado para não ver a morte, [...] visto como antes da sua trasladação alcançou testemunho de que agradara a DEUS’. Hebreus 11:5. Em meio de um mundo condenado à destruição por sua iniqüidade, viveu Enoque uma vida de tão íntima comunhão com DEUS que não lhe foi permitido cair sob o poder da morte”. - Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, Págs. 49-53.

Tenho aprendido ao longo da minha vida que DEUS me ama tanto que Ele (usando uma expressão popular moderna) não está “nem aí” se o que eu desejo e peço a Ele é insignificante para o resto da humanidade ou não. Só quem é pai ou mãe sabe do prazer que sentimos ao ver a alegria de um filho ou filha ao receber algo que, para nós, nem faz sentido, mas que a criança deseja muito. Como é gostoso descer ao nível do desejo daquele pequeno ser humano de três ou quatro anos, tanto para dar-lhe o presente que deseja como brincar junto com a criança com aquele brinquedinho, montando uma fazendinha com cerca de plástico, vaquinhas e cavalinhos em miniatura. É assim que DEUS se sente quando dá um presente para mim ou para você.

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Texto extraído do livro
Não Foi Por Acaso
da Editora Luzes da Alvorada.
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