A Ressurreição de Lázaro
Não Foi Por Acaso
Logo que liguei o mesmo e comecei a trabalhar surgiu diante dos meus olhos, na tela daquele computador, um quadro de cor verde escuro com bordas douradas no qual estava escrito algo mais ou menos assim: “Foi inserido neste computador um disco rígido danificado. Você quer que o mesmo seja consertado?” E logo abaixo havia dois botões que as opções “sim” e “não”. Mais do que depressa eu usei o mouse e cliquei em “sim”. Em seguida apareceu outra mensagem com o seguinte conteúdo: “Desligue o computador e ligue-o novamente e o disco rígido será consertado”.
Segui a orientação e sabe o que aconteceu? O computador ligou com o HD totalmente restaurado, sem qualquer vestígio do problema anterior e sem ter pedido qualquer informação das que estavam gravadas nele. Tudo estava recuperado!
Conversei com outras pessoas que entendiam de informática mais do que eu e todas elas disseram que nunca viram um programa de computador que fizesse esse tipo de coisa; muito menos em um computador no qual estava instalado o Windows 98 e sem nada de recursos modernos de manutenção. Não posso crer em nada além do fato de DEUS esteve presente naquele momento, cuidou de mim e resolveu o meu problema. O HD ficou como novo e não deu mais problema algum enquanto eu estive trabalhando com ele, durante todo o tempo em que fiquei lá.
Como você deve ter notado, tenho usado a palavra milagre para definir coisas que, de alguma forma, estejam relacionadas a algum tipo de interferência divina, algo que, se Ele não tivesse feito nada, não teria acontecido. Dentro dessa definição acabam entrando muitas coisas que não têm nada a ver com o sobrenatural, embora tenham acontecido porque DEUS atendeu a oração de alguém ou interferiu de alguma forma nos acontecimentos.
Para muitos essa definição torna muito vago o conceito de milagre. Mas para mim, muito mais do que apenas o mar vermelho se abrir ou sair água da rocha, de certa forma, até aquele momento no qual DEUS interfere nos acontecimentos, ainda que sem nenhum evento sobrenatural, já é um tipo de milagre. Essas interferências ocorrem pelo que chamamos de Providência divina. Providência divina não é um milagre sobrenatural; é a DEUS lançando mão das coisas comuns para criar eventos que atendam às necessidades dos Seus filhos. É algo que muitas pessoas chamam de “coincidência”, quando a mesma ocorre exatamente quando e como seria necessário para ajudar a um dos Seus filhos.
Embora tenha sido um fato de maiores proporções o caso relatado anteriormente, do carro branco que me socorreu naquela noite, não houve nada nele que fosse claramente sobrenatural. Aquele carro não surgiu do meio de uma nuvem e o seu condutor não ouviu uma voz do além dizendo-lhe especificamente o que fazer. Contudo, a atuação divina ficou muito evidente. É claro que não descarto o fato de que, em muitos incidentes semelhantes, anjos tomam a forma humana para virem em nosso socorro. Não posso afirmar que tenha sido isso o que ocorreu naquele caso; mas, para mim, o carinho que recebi de DEUS naquela ocasião teve o mesmo valor, como se anjos tivessem vindo pessoalmente me socorrer.
Já no caso do HD consertado, mesmo sendo algo mais restrito e quase instantâneo, não tenho qualquer explicação natural para o ocorrido. Diferentemente do caso do carro branco, tenho que admitir que há muito mais motivos para se crer que nesse incidente com o HD houve, realmente, algo sobrenatural.
Em ambos os casos, contudo, o que realmente importa para mim é que meu Pai me ama, que Ele me carrega no colo sempre que preciso, que Ele é “meu Pastor e nada me faltará” (Salmo 23:1). Quando compreendermos corretamente esse fato e descansarmos plenamente nos braços de DEUS, veremos os nossos piores fardos e motivos de angústia desaparecerem. O problema é que achamos “bom demais para ser verdade”; e assim, fazemos com que não possa se tornar verdade.
É impressionante que nenhum milagre, nem mesmo os que tenham grandes manifestações sobrenaturais, impede o aparecimento da dúvida na mente das pessoas. Muitas delas começam a questionar apenas por acharem que algo é impressionante demais e que, portanto, seria prudente considerar a possibilidade de as pessoas terem entendido errado o que aconteceu, ou os fatos descritos não serem tudo aquilo que foi contado, mesmo que tenha sido um exagero involuntário.
Na maioria das vezes, essa dúvida nem ao menos é intencional ou motivada por rebelião; embora, em alguns casos, não se possa negar que exista nela algum tipo de preconceito: “Como poderia ter acontecido um milagre com alguém daquela igreja?” “Como poderia DEUS atender uma oração daquela pessoa?” “Como posso eu, na minha posição, aceitar que essa pessoa tenha sido privilegiada com algo que eu não tive?” Etc.
Tenho presenciado com pesar alguns que desdenham a fé de outras pessoas achando que, porque “são de outra igreja” DEUS não as poderia atender jamais, porque são “infiéis”. Alguns estão mais preocupados com a imagem da igreja à qual frequentam do que com a glória de DEUS: “Se esse milagre não foi pedido por pessoas ‘autorizadas’, que fazem parte do nosso grupo, não pode ser verdadeiro”. Algo semelhante a: “se JESUS não faz parte do grupo dos fariseus e saduceus e mesmo assim ressuscitou a Lázaro, é melhor que este morra novamente” (João 11:1-57; 12:9-11).
Por outro lado, criticam os milagres comentados pelas pessoas a quem desprezam dizendo que são mentira, que são fruto da imaginação delas, apenas “coisas naturais” ou “obra do diabo”, porque “DEUS não está com elas”. Foi algo assim que aconteceu no caso dos dez leprosos curados pelo SENHOR JESUS (Lucas 17:11-19). Dos dez, apenas um conhecia o valor da gratidão, apenas um entendia que não poderia deixar de exaltar o poder de DEUS, manifestado pelo SENHOR JESUS. Só que aquele homem, o único dos dez que sabia dar valor ao milagre que recebera, era um “estrangeiro” (verso 18), um “samaritano” (verso 16), um “membro de outra igreja”.
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Texto extraído do livro
Não Foi Por Acaso
da Editora Luzes da Alvorada.
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