Atirando Com a Falácia
Tramas Espantosas
Nos dias de Nero os cristãos eram vistos pelos romanos como pessoas que tinham costumes estranhos e que acreditavam em doutrinas incomuns. Dizia-se que os cristãos adoravam um Homem que tinha sido crucificado pelos romanos por causa do seu próprio povo, que havia voltado à vida três dias depois da Sua morte e, algum tempo depois, subido ao Céu, de onde voltaria para assumir o governo mundial. Em Sua volta todos os governos existentes seriam destituídos - o que, obviamente, incluía o governo romano - e todo o pecado seria destruído pelo fogo; e não era segredo que Roma era tida como uma cidade cheia de pecados.
Para facilitar a aceitação da calúnia de que os cristãos eram os causadores do incêndio, Nero e seus partidários só precisaram torcer a verdade e misturá-la com a mentira. A falácia sempre foi uma das armas mais diabólicas que pessoas sem escrúpulos têm usado para alcançar seus objetivos, para enganar, para convencer, para iludir e para destruir a reputação e a vida de inocentes.
O que é falácia? A falácia é um engano que se parece com a verdade. Ela existe quando a verdade é torcida para passar uma idéia errada, quando parte da verdade é escondida para enganar, quando a verdade é misturada com a mentira e até mesmo quando um gesto ou o tom de voz passam uma ideia que não é verdadeira. Acredite: até mesmo a verdade pode ser dita com a intenção de enganar. Tudo isso é falácia, é engano e é tremendamente errado. A falácia é uma arma com poder letal e é usada especialmente pelos cruéis, pelos covardes e pelos inconsequentes.
Imagine que Lúcia diga a Alberto que José é um preguiçoso que só acorda ao meio-dia. Ela tinha ouvido Rebeca dizer que havia passado pela casa de José às dez da manhã e o encontrara dormindo. Mas que diferença fez para essas pessoas o fato de José chegar muito tarde e continuar trabalhando em casa até as quatro ou cinco horas da madrugada?
Imagine agora que Rebeca esteja passando por perto nesse exato momento e Lúcia lhe pergunte, na presença de Alberto, se era verdade que ela havia encontrado José dormindo às dez horas da manhã. Se Rebeca disser que “é verdade”, estaria mentindo? Talvez não, não é mesmo? Mas tudo não seria um terrível engano?
A falácia foi a principal arma usada para voltar a própria população do império romano contra os cristãos. Estes creem que JESUS um dia voltará do Céu para reinar sobre um trono universal; os partidários do imperador espalharam que eles queriam derrubar o governo romano. Os cristãos creem que, no fim do mundo, todas as coisas serão purificadas do pecado pela ação do fogo; os falaciosos palacianos de Nero espalharam que o incêndio de Roma era apenas o começo disso e que os cristãos eram inimigos da humanidade.
Os cristãos pregam que CRISTO foi a criança da manjedoura de Belém e ensinam que o vinho da Santa Ceia representa o Seu sangue e o pão representa o Seu corpo. Os boateiros espalharam que crianças eram sacrificadas em cada Santa Ceia e que os cristãos comiam a carne e bebiam o sangue delas.
Qual é mais perigosa, uma nota de cinquenta reais falsa ou uma nota de trezentos reais? É obvio que a nota de cinquenta reais pode enganar por ser idêntica à verdadeira, enquanto a de trezentos não enganaria a ninguém. Assim também a verdade misturada com o erro é muito mais perigosa do que a mentira descarada. Você não iria gostar se alguém dissesse “meias verdades” a seu respeito.
Você admira o caráter de JESUS, não é mesmo? Pois saiba que Ele “não cometeu pecado, nem na sua boca se achou engano” (1 Ped. 2:22). Siga o exemplo dEle e não se envolva com qualquer tipo de engano, por menor que ele possa parecer. Apoiar o engano é o mesmo que apoiar o diabo, que é o originador do engano.
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Texto extraído do livro
Tramas Espantosas
da Editora Luzes da Alvorada.
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