O Primo do Príncipe
Tramas Espantosas
Infelizmente, nunca houve um tempo, durante a história da humanidade, no qual não existiram tramas e conspirações. O incidente que vou apresentar agora atingiu ninguém menos que Moisés, o “Príncipe do Egito”, o grande líder que foi o instrumento nas mãos de DEUS para libertar o povo de Israel do Egito quando o Mar Vermelho se abriu.
Algo digno de nota é o fato de que a personagem principal dessa conspiração, Coré, era filho de Izar, que era irmão de Anrão, pai de Moisés e Arão (Êxodo 6:18-21); portanto, o conspirador não era ninguém menos do que o primo de Moisés, um parente chegado, um membro da sua própria família.
Coré era homem preeminente em sua tribo, respeitado e de grande credibilidade. Estava entre as pessoas que tinham a responsabilidade de “administrar o ministério do tabernáculo do SENHOR e estar perante a congregação para ministrar-lhe” (Núm. 16:9) desde quando o tabernáculo fora erigido inicialmente no sopé do monte Sinai. Mas ele não se contentou com a elevada posição que tinha e desejou mais, desejou tomar o lugar de Moisés.
Não seria possível apresentar maiores detalhes sobre o que aconteceu na mente daqueles homens durante aquela rebelião, assunto que incluí com mais detalhes no volume Mistérios da Certeza, mas o fato é que esses homens cultivaram o mal em seus corações até que realmente acreditaram que estavam com a razão.
Moisés não suspeitou que nada de ruim estivesse acontecendo até que a revolta explodiu, tendo seu próprio primo no comando da mesma, assessorado por Datã e Abirão, dois importantes príncipes da tribo de Rubem, seguidos por outros duzentos e cinquenta homens, apoiadores declarados da conspiração aliciados pelos originadores da mesma.
Não era um simples caso de divergência de opinião, mas uma rebelião escancarada contra alguém que havia sido usado por DEUS para lançar as pragas sobre o Egito e abrir o Mar Vermelho durante a libertação do povo de Israel da escravidão. Como se isso não bastasse, todos haviam presenciado o monte Sinai fumegando por causa da presença pessoal do próprio DEUS, sendo Moisés o único ser humano que pôde se achegar a tão terrível e santo lugar.
O atrevimento chegou a ponto de os rebeldes aceitarem o desafio de deixar que DEUS decidisse o caso no dia seguinte. Eles compareceram todos com incensários em suas mãos, se estivessem “pagando para ver” se alguém poderia derrotá-los.
Resumindo o terrível final da história, a terra se abriu e engoliu a Coré, Datã e Abirão e a tudo o que possuíam, fechando-se imediatamente sobre eles. E mais: Fogo flamejou da nuvem e consumiu os duzentos e cinquenta principais seguidores de Coré que haviam tido o atrevimento de entrar no pátio do santuário com incensários em suas mãos.
Desse relato, registrado na Bíblia, aprendemos ao menos três lições importantes: 1. As conspirações podem surgir em qualquer lugar, até mesmo em lugar santo. 2. Até pessoas de elevada posição e inteligência podem se deixar levar pelo engano e se comprometer com alguma conspiração. 3. Todos os originadores ou participantes de conspirações, ainda que não agora, um dia terão que se ver frente a frente com o Grande DEUS que abomina as conspirações a fim de receber a paga pelo seu desatino.
Você já se sentiu traído(a) por uma pessoa muito chegada em quem tinha grande confiança? Moisés passou por esse desgosto e até o próprio SENHOR JESUS, que foi traído por um dos Seus companheiros mais chegados. E Ele até hoje é traído por pessoas que, achando que podem dizer o que Ele nunca disse, prescrevem regras enganosas para seus semelhantes. Você não gostaria de se envolver com algo assim, não é mesmo?
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Texto extraído do livro
Tramas Espantosas
da Editora Luzes da Alvorada.
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